Para que se decida acreditar em algo além do mundo material é necessário a aceitação de pensamentos doutrinários ou convicções pessoais como por exemplo a eternidade da alma, a imortalidade do espírito, a existência de um ser supremo, etc.
Mas esse conjunto de pensamentos, ainda que seja convincente para uma pessoa, sofre o exame crítico individual e com isso surge a hesitação, a dúvida entre afirmar ou negar até que ela aceite ou não. Se aceitar ela será motivada não pela noção sentimental ou pelo conhecimento mas pela legítima força da fé.
Por isso defendo a individualidade nessas questões. Posto que cada ser humano é um universo de probabilidades, bem como de experiências pessoais, é certo que seja respeitado o pensamento religioso de cada um, que cada um tenha o direito de seguir o caminho religioso que melhor lhe convier e até mesmo o de não seguir caminho religioso nenhum.
Eu me pergunto se é tão difícil assim as pessoas compreenderem que o que é bom para uma pessoa pode não ser bom para a outra e vice e versa. Mas não, as pessoas querem impor e decidir para as outras o que devem ou podem fazer nas suas vidas, ainda por cima criticam, atacam e ofendem os que não aceitam os padrões e os valores que regem as suas vidas, como se fossem os donos das vidas alheias.
O seu corpo lhe pertence e você tem o direito de fazer o que quiser com ele. Mas não é só o corpo, é o espírito também, a consciência, o pensamento, a vontade, todo esse conjunto lhe pertence.
Não permita que ninguém se aproprie de você. Ninguém é o dono de ninguém. Apenas você pode e deve ser o dono de si mesmo.
Hail Satã!
