Existe a criação e a manutenção de um tipo de modelo de normalidade estabelecido pela família e pela sociedade, que julga de maneira sumária e deprimente todos aqueles que são diferentes da maioria. Por isso, tanto na escola quanto no seio familiar, os adultos forçam as crianças a se comportarem de acordo com os modelos convencionais.
Nesse contexto são estabelecidos os padrões para tudo, para a beleza física, a formação profissional, a convivência familiar, os relacionamentos afetivos, as crenças, etc. Essa atitude obstrui a verdadeira vocação profissional, impede que se ame com naturalidade, enfim, cria bloqueios e conflitos horríveis. Para que sejam aceitos, para agradar e se tornar uma pessoa bem-vista, a maioria das pessoas trai a sua própria natureza, perde a sua identidade pessoal, se torna insegura e passa a não confiar em si mesma, duvidando até de sua própria capacidade.
Pelo fato de não confiar em si mesma, a pessoa começa a tentar se conduzir da forma que a maioria diz que deve ser, se baseando em opiniões e informações de outras pessoas para gerenciar a própria vida.
Para que conquistemos o nosso desenvolvimento espiritual, a consciência do que somos, como somos e principalmente do que podemos ser, uma das batalhas principais é confrontar todos os falsos valores incutidos em nossa mente ao longo de nossa vida.
Não espere até que todas as portas se fechem, que aconteça a ruína de tudo aquilo em que acreditava, que chegue ao ponto de não confiar em mais ninguém para se livrar dessa inversão de valores a que foi submetido, para modificar o seu modo de ver as coisas e fazer as suas próprias escolhas.
Não se esqueça que cada ser humano é um Universo, que a própria vida é versátil e que os nossos valores pessoais, nossos desejos e nossas necessidades devem estar acima de qualquer padrão social ou familiar.
Seja feliz a seu modo, isso é o que realmente importa.