Lilith é, sem dúvida, a demônia mais conhecida e temida em todos os círculos ocultistas.
Para aqueles que fundamentam tudo o que existe nas origens bíblicas, acreditamos que após os Hebreus terem deixado a Babilônia, Lilith perdeu a sua representatividade original e foi retirada da bíblia por ocasião do Conselho de Trento, convocado em 1542 pelo Papa Paulo III, como reação à reforma protestante iniciada por Martinho Lutero na primeira metade do século XVI. Lilith foi retirada da bíblia nessa ocasião, justamente porque a ideia predominante na época (e para muitos até hoje) era que a mulher fosse submissa ao homem e jamais se colocasse em nível de igualdade.
Lilith se faz presente na história desde os seus primórdios e nas diversas civilizações.
Na civilização Suméria, com o nome de Lilitu, por volta de 3000 A.C., representava demônios portadores de ventos e de tormentas. Muitos historiadores creditam o nome fonético Lilith, sua primeira representação conhecida por esse nome, registrado no ano 700 A.C., na Suméria e na Babilônia.
De acordo com a etimologia judaica o nome Lilith é derivado de “Lavil” que significa “noite” e esse mesmo nome nas tradições da Babilônia significa “demônio feminino” ou “espírito dos ventos”.
Na antiguidade Lilith também foi associada às deusas lunares.
As lendas vampíricas relacionadas a Lilith remontam a cultura hebraica, quando os hebreus foram aprisionados e escravizados na Babilônia, onde Lilith era cultuada e foi vista de forma negativa por eles. Da mesma forma, nas escrituras hebraicas Talmud e Midrash, Lilith era mencionada como uma espécie de demônio.
Na mitologia grega, Lilith está associada à Deusa Hécate e, da mesma forma, representa a vida noturna e a rebeldia, a insubmissão da mulher ao homem.
As lendas vampíricas hebraicas relacionadas a Lilith, que mencionei acima, se referem a uma visão deturpada de sua essência, retratando-a como uma demônia que se alimentava de energias sexuais e de sangue.
Acreditavam também que Lilith gerava íncubus e súcubus, na proporção fantasiosa de 100 deles por dia e que eles, da mesma forma também se alimentavam de energias sexuais e de sangue.
Acreditavam ainda que Lilith, como vingança, perseguia e matava crianças recém-nascidas, adúlteros e recém-casados.
Tudo isso criou um véu obscuro em relação a Lilith, formando uma cultura deturpada, a exemplo da cultura implantada em relação a Lúcifer e Satã.
(Do livro "Lilith no Satanismo Real)
https://www.agbook.com.br/book/314026--Lilith_no_Satanismo_Real
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